Nos tempos em que ainda era comum encontrar nas ruas de Sertanópolis, pés de melancias e pés de abóboras com frutos abundantes e enormes. Em que os transeuntes aventureiros, nas noites escuras esbarravam as cabeças em roliços cachos de bananas que se debruçaram com o peso sobre as calçadas. Em que as corujas, os morcegos juntamente com milhares de vaga-lumes eram donos absolutos das trevas. No pacato vilarejo sabia-se em detalhes a história de vida de cada morador. Os fatos aconteciam como determinava a era do pioneirismo. Assassinatos raramente eram noticiados. Traições amorosas, bem... É bom que se diga que tudo era muito velado... Quando o caso vinha à luz da verdade, boa coisa não acontecia. Os poucos moradores do vilarejo viviam em plena harmonia, não ostentavam nenhum luxo, tudo muito simples. Havia um perfeito relacionamento entre todos. Nos momentos difíceis, que não eram raros, o que não faltava era apoio. Uma comunidade unida, batalhadora, aventureira... Havia respeito entre os casais, famílias de origem europeia, na maioria de italianos, portugueses e espanhóis. Com o passar do tempo, uma das esposas, dona de uma beleza que se destacava entre as demais, até então dona de um comportamento praticamente semelhante às outras mulheres casadas. Bem relacionada com todas, aparentemente uma esposa exemplar, excelente mãe... De um momento para outro começa adquirir certas atitudes fora dos padrões rotineiros, como ali eram de costume. Passa a se arrumar com esmero, vestir-se melhor, usar perfumes. Contrariando os costumes, das demais mulheres casadas, que viviam enclausuradas em seus casebres, escravas dos afazeres domésticos, a Loira, passa a ser assim denominada por todos, alvo iniciante de comentários maldosos, principalmente por sair quase toda a noite sozinha, sem a companhia do marido, sempre bem arrumada e perfumada. O burburinho de fofocas começa a fervilhar na boca dos moradores, principalmente das mulheres... Lá vai a loira, sabe-se lá, fazer o que? Quase todas as noites, nos mesmos horários as cenas se repetiam e por onde ela passava, ficava um rastro de perfume de indagações... O marido, a princípio, confiava plenamente na esposa, tenha por ela muito carinho e admiração, até se sentia orgulhoso diante de sua beleza. Não demonstrava nenhuma cena de ciúmes, confiava plenamente nos argumentos usados pela esposa antes de sair de casa, enquanto se arrumava. Dizia que ia na casa de uma amiga, quando não, dizia que ia até a capelinha rezar. Antes de sair sempre dava um abraço e um beijo no marido, dizendo que voltaria logo. A boca do povo, cada vez mais comenta as mudanças radicais da loira. Os amigos mais próximos do seu marido já começam a dar-lhe conselho sobre o que de mal poderia estar acontecendo... Ele, de início chega a ser intolerante com os amigos na defesa da esposa, alegando que sabia aonde ela ia quase todas as noites. Mas, ao vê-la, cada vez mais se aprontado melhor, procurando perfumes mais caros para comprar, já começou a ficar com a pulga atrás da orelha. Será mesmo que ela está me traindo? Com quem será que ela está saindo. Essas perguntas e outras ainda mais indesejáveis começam a martelar dia e noite em sua cabeça. Contém os impulsos, domina o ciúme e passa observar melhor as atitudes da esposa... Enquanto isso a esposa segue na sua missão rotineira noturna. Tomado pela ira causada pelo ciúme contido no âmago da alma, já doentia... Não resistiu à tentação. Comprou um revólver sem que a esposa soubesse. Manteve por certo tempo à arma muito bem escondida, embrulhada num pedaço de jornal, em cima do guarda roupa e passou a arquitetar um plano de vingança. Tinha que fingir para esposa que tudo estava bem, ao seu lado procurava manter-se calmo, despreocupado. Mas quando estava só a aparente tranquilidade se transformava em ódio, mágoa, rancor. Não suportando mais a angústia, resolveu colocar um fim no que tanto o atormentava e que já era alvo de chacotas maldosas. Numa dessas noites em que a esposa se pôs ainda mais bela, melhor arrumada, mais perfumada resolveu segui-la pra desvendar o mistério. Passo a passo, na noite escura, pelas ruas desertas seguia cauteloso um único vulto, a menos de cinquenta metros de distância... O volto virava numa esquina, ele atrás. Virava noutra, ele firme, a passos lentos para não ser notado seguia no seu encalço sem perdê-la de vista. De repente, ao dobrar mais uma esquina constatou que já eram dois vultos que se entrelaçam indo na mesma direção... Não teve dúvidas. Apressou os passos... Nisto, os dois vultos entraram num terreno abandonado em meio a uma capoeira... A quem afirme que era um mandiocal... Sendo ou não uma capoeira ou mandiocal, não muda o foco do sinistro acontecimento premeditado. Fez o mesmo, entrou atrás com o revólver em punho, a menos de cinco metros de distância, sem vacilar descarregou a arma alvejando os dois vultos... Comenta-se que a esposa teve morte repentina e que o amante gravemente ferido conseguiu fugir deixando um rastro de sangue por onde passou. Sobreviveu, mas custou-lhe uma sequela que o marcou pro resto da vida e que por razões apenas pessoais não convém aqui entrar em detalhes. Melhor deixar acesa a chama da curiosidade. Passaram-se alguns anos. Aí por volta da década de 1950, logo após a inauguração de uma Escola Estadual. O vilarejo já havia se transformado em uma cidade próspera. Veio então à tona, a famosa Lenda da Sala 10. Por coincidência a tenebrosa sala foi construída na parte superior do prédio, bem no local onde a mulher havia sido assassinada. No térreo fica a porta de entrada que dá acesso a dois corredores, o que conduz a parte administrativa: sala dos professores, secretaria e a biblioteca. Na parte superior, subindo por uma escada, ficam quatro salas de aula. O outro corredor passa por uma porta divisória chega-se então as demais salas de aula. Bem no rol de entrada, na parte lateral da parede, abaixo da sala 10, permaneceu por muitos anos, o velho piano. Uma relíquia rara... Uma doação de valor estimativo inquestionável. Diz à lenda que o fantasma da mulher escolheu a sala 10 como morada, enquanto existir a escola. De lá para cá tem espalhado terror em todas as escolas da região. Costuma aparecer nos banheiros femininos. Há quem diga que é uma loira muito bonita, bem vestida, perfumada... Outros afirmam ser ela uma mulher feia, pálida e magra. Segundo relatos dos que a conheceram em vida, concordam plenamente com a sua beleza. Mas há muitas controversas com o que tem sido semeado pela boca do povo. Dando continuidade aos boatos, nas suas constantes aparições há quem afirme que ela aparece com a boca e as narinas cheias de algodão, tal como foi sepultada. Outros já dizem tê-la visto muito bem vestida e perfumada como era de costume em suas andanças noturnas. Os transeuntes que passam pelo local, em frente à escola, em altas horas da noite, quando a cidade dorme e o silêncio é total, dão testemunho de fatos muito estranhos: Barulhos confusos pelos corredores da escola, choro desesperado de uma mulher, vozes estridentes, gargalhadas que ecoam pelo prédio e se repetem cada vez mais alto, de maneira retumbante. Tornou-se comum, na vizinhança, comentários sobre: o alarme que dispara sozinho, o piano que toca em altas horas da madrugada, portas que pernoitam fechadas e amanhecem abertas. Foram notados por um professor e seus alunos, estalos estranhos, tanto no piso como no teto da sinistra sala, em plena hora de aula. Certo tempo atrás, um grupo de jovens, que fazia retiro na escola, num final de semana, tempo da quaresma... Lá pelas tantas da madrugada, alguns dos jovens que pernoitavam na sala seis, próximo ao rol de entrada onde ficava o piano. De repente, quando o silêncio absoluto reinava no local, começaram a ouvir uma música sinistra vindo do velho instrumento. Levantaram-se muito assustados. Mesmo assim a curiosidade em desvendar os segredos do piano misterioso mexeu com os ânimos dos jovens... Foram contagiados por uma espécie de curiosidade coletiva. Nenhum deles dispunha em tomar a iniciativa. Ficaram num jogo de empurra: _ Vai você na frente! ... _ Não! ... Não vou! ... _ Vai! ... Não vou! ... _ Já disse, não vou! ... Até que enfileirados, como se fossem um grupo de caça fantasmas... Todos de cabelos eriçados. Abriram a porta lentamente da sala seis provocando aquele típico rangido de filme de terror, inh ééééé... Pronto, já estavam no corredor, a menos de meio metro da porta que dava acesso ao local onde estava o piano. Novamente ficaram naquele jogo de empurra para ver que abria a última porta. Impulsivamente, um dos mais afoitos criou coragem e a porta foi aberta... Depararam com o aposento mal iluminado pela claridade das lâmpadas da rua, ofuscadas pela distância dos postes e das sombras das árvores estremecida pelo vento. Depararam com algo muito estranho, além do piano solitário, próximo a parede lateral... Sinistramente, nenhum vulto pode ser visto apenas as teclas do piano se movimentavam de maneira sincronizada. Nisto... Uaauuu! ... Ufa! ... Uma lufada de vento forte penetrou pelos buracos dos vidros quebrados... Fez com que as cortinas brancas esvoaçassem e tocassem nos cabelos arrepiados dos jovens... A música funesta preenchia o salão... Até que... O vento amainou... Fez-se um silencio total no recinto... De repente! ... Ao mesmo tempo todos sentiram um forte calafrio dos pés a cabeça. Algo muito estranho, invisível passou pelo grupo... Como se fosse uma pessoa adulta a correr pelo corredor, na direção da cantina. Tudo inexplicável pode ser constatado. Os jovens retornaram a sala, onde pernoitavam... Todos indistintamente aterrorizados com o que ouviram e quase nada viram, a não serem os movimentos das teclas do piano, na penumbra do daquele salão mal assombrado. Verdade ou não a Lenda da Sala 10 continua sendo propagada pelos moradores da região... Existem já centenas de versões.
quinta-feira, 26 de julho de 2018
A LENDA DA SALA 10
Nos tempos em que ainda era comum encontrar nas ruas de Sertanópolis, pés de melancias e pés de abóboras com frutos abundantes e enormes. Em que os transeuntes aventureiros, nas noites escuras esbarravam as cabeças em roliços cachos de bananas que se debruçaram com o peso sobre as calçadas. Em que as corujas, os morcegos juntamente com milhares de vaga-lumes eram donos absolutos das trevas. No pacato vilarejo sabia-se em detalhes a história de vida de cada morador. Os fatos aconteciam como determinava a era do pioneirismo. Assassinatos raramente eram noticiados. Traições amorosas, bem... É bom que se diga que tudo era muito velado... Quando o caso vinha à luz da verdade, boa coisa não acontecia. Os poucos moradores do vilarejo viviam em plena harmonia, não ostentavam nenhum luxo, tudo muito simples. Havia um perfeito relacionamento entre todos. Nos momentos difíceis, que não eram raros, o que não faltava era apoio. Uma comunidade unida, batalhadora, aventureira... Havia respeito entre os casais, famílias de origem europeia, na maioria de italianos, portugueses e espanhóis. Com o passar do tempo, uma das esposas, dona de uma beleza que se destacava entre as demais, até então dona de um comportamento praticamente semelhante às outras mulheres casadas. Bem relacionada com todas, aparentemente uma esposa exemplar, excelente mãe... De um momento para outro começa adquirir certas atitudes fora dos padrões rotineiros, como ali eram de costume. Passa a se arrumar com esmero, vestir-se melhor, usar perfumes. Contrariando os costumes, das demais mulheres casadas, que viviam enclausuradas em seus casebres, escravas dos afazeres domésticos, a Loira, passa a ser assim denominada por todos, alvo iniciante de comentários maldosos, principalmente por sair quase toda a noite sozinha, sem a companhia do marido, sempre bem arrumada e perfumada. O burburinho de fofocas começa a fervilhar na boca dos moradores, principalmente das mulheres... Lá vai a loira, sabe-se lá, fazer o que? Quase todas as noites, nos mesmos horários as cenas se repetiam e por onde ela passava, ficava um rastro de perfume de indagações... O marido, a princípio, confiava plenamente na esposa, tenha por ela muito carinho e admiração, até se sentia orgulhoso diante de sua beleza. Não demonstrava nenhuma cena de ciúmes, confiava plenamente nos argumentos usados pela esposa antes de sair de casa, enquanto se arrumava. Dizia que ia na casa de uma amiga, quando não, dizia que ia até a capelinha rezar. Antes de sair sempre dava um abraço e um beijo no marido, dizendo que voltaria logo. A boca do povo, cada vez mais comenta as mudanças radicais da loira. Os amigos mais próximos do seu marido já começam a dar-lhe conselho sobre o que de mal poderia estar acontecendo... Ele, de início chega a ser intolerante com os amigos na defesa da esposa, alegando que sabia aonde ela ia quase todas as noites. Mas, ao vê-la, cada vez mais se aprontado melhor, procurando perfumes mais caros para comprar, já começou a ficar com a pulga atrás da orelha. Será mesmo que ela está me traindo? Com quem será que ela está saindo. Essas perguntas e outras ainda mais indesejáveis começam a martelar dia e noite em sua cabeça. Contém os impulsos, domina o ciúme e passa observar melhor as atitudes da esposa... Enquanto isso a esposa segue na sua missão rotineira noturna. Tomado pela ira causada pelo ciúme contido no âmago da alma, já doentia... Não resistiu à tentação. Comprou um revólver sem que a esposa soubesse. Manteve por certo tempo à arma muito bem escondida, embrulhada num pedaço de jornal, em cima do guarda roupa e passou a arquitetar um plano de vingança. Tinha que fingir para esposa que tudo estava bem, ao seu lado procurava manter-se calmo, despreocupado. Mas quando estava só a aparente tranquilidade se transformava em ódio, mágoa, rancor. Não suportando mais a angústia, resolveu colocar um fim no que tanto o atormentava e que já era alvo de chacotas maldosas. Numa dessas noites em que a esposa se pôs ainda mais bela, melhor arrumada, mais perfumada resolveu segui-la pra desvendar o mistério. Passo a passo, na noite escura, pelas ruas desertas seguia cauteloso um único vulto, a menos de cinquenta metros de distância... O volto virava numa esquina, ele atrás. Virava noutra, ele firme, a passos lentos para não ser notado seguia no seu encalço sem perdê-la de vista. De repente, ao dobrar mais uma esquina constatou que já eram dois vultos que se entrelaçam indo na mesma direção... Não teve dúvidas. Apressou os passos... Nisto, os dois vultos entraram num terreno abandonado em meio a uma capoeira... A quem afirme que era um mandiocal... Sendo ou não uma capoeira ou mandiocal, não muda o foco do sinistro acontecimento premeditado. Fez o mesmo, entrou atrás com o revólver em punho, a menos de cinco metros de distância, sem vacilar descarregou a arma alvejando os dois vultos... Comenta-se que a esposa teve morte repentina e que o amante gravemente ferido conseguiu fugir deixando um rastro de sangue por onde passou. Sobreviveu, mas custou-lhe uma sequela que o marcou pro resto da vida e que por razões apenas pessoais não convém aqui entrar em detalhes. Melhor deixar acesa a chama da curiosidade. Passaram-se alguns anos. Aí por volta da década de 1950, logo após a inauguração de uma Escola Estadual. O vilarejo já havia se transformado em uma cidade próspera. Veio então à tona, a famosa Lenda da Sala 10. Por coincidência a tenebrosa sala foi construída na parte superior do prédio, bem no local onde a mulher havia sido assassinada. No térreo fica a porta de entrada que dá acesso a dois corredores, o que conduz a parte administrativa: sala dos professores, secretaria e a biblioteca. Na parte superior, subindo por uma escada, ficam quatro salas de aula. O outro corredor passa por uma porta divisória chega-se então as demais salas de aula. Bem no rol de entrada, na parte lateral da parede, abaixo da sala 10, permaneceu por muitos anos, o velho piano. Uma relíquia rara... Uma doação de valor estimativo inquestionável. Diz à lenda que o fantasma da mulher escolheu a sala 10 como morada, enquanto existir a escola. De lá para cá tem espalhado terror em todas as escolas da região. Costuma aparecer nos banheiros femininos. Há quem diga que é uma loira muito bonita, bem vestida, perfumada... Outros afirmam ser ela uma mulher feia, pálida e magra. Segundo relatos dos que a conheceram em vida, concordam plenamente com a sua beleza. Mas há muitas controversas com o que tem sido semeado pela boca do povo. Dando continuidade aos boatos, nas suas constantes aparições há quem afirme que ela aparece com a boca e as narinas cheias de algodão, tal como foi sepultada. Outros já dizem tê-la visto muito bem vestida e perfumada como era de costume em suas andanças noturnas. Os transeuntes que passam pelo local, em frente à escola, em altas horas da noite, quando a cidade dorme e o silêncio é total, dão testemunho de fatos muito estranhos: Barulhos confusos pelos corredores da escola, choro desesperado de uma mulher, vozes estridentes, gargalhadas que ecoam pelo prédio e se repetem cada vez mais alto, de maneira retumbante. Tornou-se comum, na vizinhança, comentários sobre: o alarme que dispara sozinho, o piano que toca em altas horas da madrugada, portas que pernoitam fechadas e amanhecem abertas. Foram notados por um professor e seus alunos, estalos estranhos, tanto no piso como no teto da sinistra sala, em plena hora de aula. Certo tempo atrás, um grupo de jovens, que fazia retiro na escola, num final de semana, tempo da quaresma... Lá pelas tantas da madrugada, alguns dos jovens que pernoitavam na sala seis, próximo ao rol de entrada onde ficava o piano. De repente, quando o silêncio absoluto reinava no local, começaram a ouvir uma música sinistra vindo do velho instrumento. Levantaram-se muito assustados. Mesmo assim a curiosidade em desvendar os segredos do piano misterioso mexeu com os ânimos dos jovens... Foram contagiados por uma espécie de curiosidade coletiva. Nenhum deles dispunha em tomar a iniciativa. Ficaram num jogo de empurra: _ Vai você na frente! ... _ Não! ... Não vou! ... _ Vai! ... Não vou! ... _ Já disse, não vou! ... Até que enfileirados, como se fossem um grupo de caça fantasmas... Todos de cabelos eriçados. Abriram a porta lentamente da sala seis provocando aquele típico rangido de filme de terror, inh ééééé... Pronto, já estavam no corredor, a menos de meio metro da porta que dava acesso ao local onde estava o piano. Novamente ficaram naquele jogo de empurra para ver que abria a última porta. Impulsivamente, um dos mais afoitos criou coragem e a porta foi aberta... Depararam com o aposento mal iluminado pela claridade das lâmpadas da rua, ofuscadas pela distância dos postes e das sombras das árvores estremecida pelo vento. Depararam com algo muito estranho, além do piano solitário, próximo a parede lateral... Sinistramente, nenhum vulto pode ser visto apenas as teclas do piano se movimentavam de maneira sincronizada. Nisto... Uaauuu! ... Ufa! ... Uma lufada de vento forte penetrou pelos buracos dos vidros quebrados... Fez com que as cortinas brancas esvoaçassem e tocassem nos cabelos arrepiados dos jovens... A música funesta preenchia o salão... Até que... O vento amainou... Fez-se um silencio total no recinto... De repente! ... Ao mesmo tempo todos sentiram um forte calafrio dos pés a cabeça. Algo muito estranho, invisível passou pelo grupo... Como se fosse uma pessoa adulta a correr pelo corredor, na direção da cantina. Tudo inexplicável pode ser constatado. Os jovens retornaram a sala, onde pernoitavam... Todos indistintamente aterrorizados com o que ouviram e quase nada viram, a não serem os movimentos das teclas do piano, na penumbra do daquele salão mal assombrado. Verdade ou não a Lenda da Sala 10 continua sendo propagada pelos moradores da região... Existem já centenas de versões.
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