Era uma noite qualquer da quaresma. Pelos cálculos de um senhor que conta este causo, o fato aconteceu no final dos anos sessenta, quando ainda era estudante ginasial, um verdadeiro caipira dos tempos da brilhantina. Morava numa chácara nas imediações da última rua da cidade... Era aquele recanto da cidade, ainda pouco povoado e com uma iluminação elétrica de péssima qualidade... Quaisquer relâmpagos no horizonte já se apagavam as luzes... Afinal eram tantas as noites sem aulas, que se perdiam as contas. Naquela noite, contrariando todas as previsões, o tempo não estava para chuva, havia um luar encantador, ótimo para se fazer serenata... O jovem retornou a casa mais cedo. Para variar, houve um apagão e as aulas foram dispensadas. Enquanto descia pela rua, a menos de duas quadras, de onde morava. Ao clarão da lua cheia que lhe fazia lembrar com saudades dos tempos da roça. Ouviu o que já era acostumado a ouvir todas as noites, o latir dos cachorros. A matilha estava afinada, com a goela solta, na captura de um animal de grande porte, pelo menos era o que aparentava... Um boi? ... Um cavalo? ... A corrida vinha em disparada, na sua direção. Em pouco segundos o tropel passou por ele... Olhou para todos os lados e nada viu. Logo em seguida os cachorros já latiam a centenas de metros distantes, ouviu se ainda o trotar semelhante ao de um cavalo. No outro dia contou o fato acontecido a um senhor de idade, amigo da família. Afirmou-lhe com convicção de que se tratava de uma mula sem cabeça que rondava a cidade por aquelas paragens.. Depois a sós, pôs-se a meditar sobre o ocorrido... Sendo então, o suposto animal perseguido pelos cachorros uma mula sem cabeça, pelo menos os cachorros e resto do corpo da mula, com certeza teriam sido visto... Só sabe dizer que naquela noite ele estava lúcido. Não estava com febre, muito menos embriagado.
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quarta-feira, 25 de julho de 2018
A TAL DA MULA SEM CABEÇA
Era uma noite qualquer da quaresma. Pelos cálculos de um senhor que conta este causo, o fato aconteceu no final dos anos sessenta, quando ainda era estudante ginasial, um verdadeiro caipira dos tempos da brilhantina. Morava numa chácara nas imediações da última rua da cidade... Era aquele recanto da cidade, ainda pouco povoado e com uma iluminação elétrica de péssima qualidade... Quaisquer relâmpagos no horizonte já se apagavam as luzes... Afinal eram tantas as noites sem aulas, que se perdiam as contas. Naquela noite, contrariando todas as previsões, o tempo não estava para chuva, havia um luar encantador, ótimo para se fazer serenata... O jovem retornou a casa mais cedo. Para variar, houve um apagão e as aulas foram dispensadas. Enquanto descia pela rua, a menos de duas quadras, de onde morava. Ao clarão da lua cheia que lhe fazia lembrar com saudades dos tempos da roça. Ouviu o que já era acostumado a ouvir todas as noites, o latir dos cachorros. A matilha estava afinada, com a goela solta, na captura de um animal de grande porte, pelo menos era o que aparentava... Um boi? ... Um cavalo? ... A corrida vinha em disparada, na sua direção. Em pouco segundos o tropel passou por ele... Olhou para todos os lados e nada viu. Logo em seguida os cachorros já latiam a centenas de metros distantes, ouviu se ainda o trotar semelhante ao de um cavalo. No outro dia contou o fato acontecido a um senhor de idade, amigo da família. Afirmou-lhe com convicção de que se tratava de uma mula sem cabeça que rondava a cidade por aquelas paragens.. Depois a sós, pôs-se a meditar sobre o ocorrido... Sendo então, o suposto animal perseguido pelos cachorros uma mula sem cabeça, pelo menos os cachorros e resto do corpo da mula, com certeza teriam sido visto... Só sabe dizer que naquela noite ele estava lúcido. Não estava com febre, muito menos embriagado.
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