quarta-feira, 25 de julho de 2018

UM VULTO MUITO ESTRANHO


Um morador de uma chácara próximo à cidade era do tipo que vivia o tempo todo de mau humor. Sempre xingado a quem estivesse por perto, tratava os parentes e conhecidos com uma ira demoníaca. Tinha por hábito, quase todas as tardes ir até a cidade, pois era chegado numa cerveja. Fazia seu ponto predileto num dos bares, logo na entrada de Sertanópolis... Tomava umas e outras... Quando já estava pra lá de embriagado retornava a casa falando sozinho, com a língua enrolada, uma ladainha incompressível, num linguajar de arrepiar os cabelos. Numa noite de lua cheia, por incrível que pareça não estava tão bêbado como de costume... De repente percebeu que alguém o acompanhava... Supondo ser um dos poucos amigos começou a prosear e a conversa contrariando a sua maneira de ser até que por sinal estava animada... Ao chegar perto de uma porteira, quando foi abri-la... Foi então que percebeu que estava conversando com um vulto que se transformou em uma coisa arrepiante jamais vista em toda a sua vida. Apressou os passos, pela estrada deserta e o monstro vinha atrás fungando em sua nuca, soltando baforadas de fogo, chegando a chamuscar lhe os cabelos mais que arrepiados. Só se livrou por completo do fantasma quando adentrou em sua casa e trancou a porta. Depois do fato acontecido, o tal homem mudou sua rotina, passou a tomar a cervejinha em casa ao lado da esposa e filhos. Dizem até que se transformou numa ótima pessoa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário