Já se passaram muitos anos, nos tempos da onça, seu José e um a amigo foram caçar capivara, lá para as bandas do Rio Tibagi. Era uma noite de lua cheia. Já no meio da mata resolveram separar-se, cada um foi para um lado, uma estratégia daqueles dois caçadores, que somente eles sabiam explicar ao certo suas táticas de caçadores noturnos.
Seu José seguiu pelas margens do rio acima ouvindo o barulho sonoro das águas correntes por entre as pedras. Um vento forte sacudiu os galhos das árvores, os sapos coaxavam como se fosse uma orquestra em noite de sinfonia... Com a espingarda engatilhada, pronta para disparar o tiro, mirava até na própria sombra. Tinha fama de nunca errar o alvo... Nisto, ouviu um barulho estranho atrás de uma moita de capim. Com a arma pronta para o disparo, a passos lentos foi ver do que se tratava. Pois até então não tinha medo de nada. Como quem se prepara para uma façanha heroica procurava desvendar o animal que fazia barulho na mata escura. Valia-se de uma lanterna de pouca claridade... O barulho estranho fez estremecer a galhada de pequenos arvoredos, bem próximo de onde se encontrava... Sentiu um forte calafrio que subiu pelas costas, passando pelo pescoço indo parar na cabeça. Deparou-se com um monstro muito estanho: enorme, com os olhos vermelhos, esbugalhados... Ficou pasmo como se fosse uma estátua, sem ter a mínima condição de atirar no suposto fantasma. Quando se recuperou das pernas... Não sabe ao certo por quanto tempo ficou ali parado, cara a cara com a visão sinistra. Deixou o local de cabelos ainda arrepiados. Foi ao encontro do amigo e contou-lhe o fato acontecido, que não acreditou em sua história, pois tinha fama de mentiroso. Mas naquela noite estava falando a verdade.
De uma coisa ele ainda tem absoluta certeza, o tal monstro não era nenhuma capivara... Seria então um lobisomem? ... Isso ele não confirma, mas jura que em toda a sua vida, nunca viu nada semelhante.
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